Relâmpagos em Forma de Bolas
Cinco minutos após a meia-noite, o vôo 539 da Eastern Airlines
sobrevoava a cidade de Nova York, em
direção a Washington, D.C. A noite estava escura e sem lua, com fortes tempestades provenientes da
costa. De repente, o avião foi envolvido por
uma descarga elétrica.
O passageiro Roger
Jennison, professor de eletrônica da Universidade de Kent, ficou surpreso:
- Vi uma esfera
brilhante, com pouco mais de 20 centímetros de diâmetro, emergir da cabine de comando e percorrer
o corredor do avião.
Jennison descreveu a bola de luz como tendo uma coloração branco-azulada e
aparentemente sólida. Ela se movimentava mais ou menos na mesma velocidade de uma pessoa
caminhando, a uma altura de cerca de
75 centímetros do chão.
Felizmente, ninguém ficou ferido no incidente, e o avião conseguiu
pousar em segurança em seu destino.
Essas bolas de luz já explodiram, em algumas
ocasiões, na maioria das vezes com resultados devastadores.
Os cientistas dão a esse fenômeno indefinível o nome de
"relâmpagos em forma de bolas", mas isso dificilmente explica o que ele seja, pois o relâmpago em si já guarda muitos mistérios para os físicos. No entanto, uma teoria
curiosa foi apresentada pelos pesquisadores M. D.
Altschuler, L. House e E. Hildner, do National Center for Atmospheric Research em Boulder, Colorado.
Os três formaram
uma teoria segundo
a qual as tempestades poderiam
agir como gigantescos
aceleradores naturais de partículas, capazes de emitir prótons carregados com enorme energia. Quando os prótons
carregados colidem com núcleos atômicos na atmosfera, uma mini-reação nuclear
gera átomos altamente carregados de oxigênio e flúor. Por sua vez, esses átomos
decompostos emitiriam tanto pósitrons quanto raios gama - repletos
de energia; em outras palavras,
para gerar relâmpagos em forma de bolas.
Se a teoria estiver correta, isso significa que as vítimas que
tiveram um contato imediato com relâmpagos
em forma de bolas poderão ter de se preocupar
com um outro problema, ou seja, uma
dose letal de radiação.
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